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Um olhar flexível sobre a alimentação

A população brasileira sempre valorizou o consumo de proteína animal, especialmente a bovina, mas, esse cenário vem mudando. Segundo dados da pesquisa IBOPE realizada em abril de 2018, cerca de 30 milhões de brasileiros se declaram vegetarianos, o que representa 14% da população. Estima-se que desse total, 7 milhões de pessoas sejam veganas.

Meu objetivo nesse artigo não é falar dos extremos: carnívoros ou veganos, mas dos flexitarianos. E o que significa esse termo? São pessoas que por diferentes motivações: saúde, preocupação com o meio ambiente, construção de um caminho transitório para se tornar vegetariano e mais adiante vegano, dentre outras, assume a redução do consumo de proteína animal no seu dia a dia.

Alguns começam aderindo a segunda-feira sem carne e substituem por vegetais, grãos ou ovos, outros, além de eliminar o consumo de carne uma, duas ou mais vezes na semana restringem o tipo de proteína animal, por exemplo, não consomem carne bovina por defenderem que a produção desse alimento tem maior impacto ao meio ambiente, enquanto aves, pescados e suínos teriam impacto menor segundo premissas assumidas por elas.

O fato é que a grelha do tradicional churrasco, ícone do consumo de diferentes carnes pelo brasileiro, vem cedendo espaço para os vegetais e raízes (batata, batata doce, cenoura, etc.), os acompanhamentos não se restringem mais à farofinha, são saladas, grãos e muito mais.

Mundialmente o Brasil é um dos líderes na produção de alimentos, além de possuir biomas ricos e ainda pouco explorados.

Ser flexitariano, além de impulsionar mudanças ao consumo do básico do dia a dia pode representar o despertar para novos sabores e escolhas cada vez mais rigorosas e conscientes, que incluem a expansão do olhar para categorias como bebidas, lácteos, snacks, biscoitos, além da qualidade dos ingredientes e técnicas de produção aplicadas.

Um exemplo dessa mudança é o consumo de refrigerantes, segundo dados da ABIR – Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas, entre os anos de 2010 e 2018 houve uma queda de 50% na produção por litro/habitante/ano, ou seja, podemos inferir que houve uma redução do consumo nessa mesma base. O consumidor migrou para néctares, sucos prontos, chás, bebidas a base de soja, dentre outros. Porém, alguns desses produtos ainda possuem alta quantidade de açúcares e corantes.

Recentemente foi divulgada uma mudança na rotulagem dos alimentos que deixará ainda mais clara a presença de três ingredientes: sódio, açúcar e gordura saturada, ou seja, será facilitada a escolha dos consumidores.

Sem dúvida estamos em um período de transição e transformação das nossas escolhas e o repensar da alimentação faz parte dela.

A máxima “você é o que você come” nunca foi tão percebida. Confinados em casa percebemos que os exageros nos puniram com aumento de peso e desequilíbrio da nossa saúde. Ser flexitariano é o caminho? Pode ser, se essa for a sua escolha, mas cuidar da sua alimentação é inegociável!

Pense nisso!

Um abraço e até o próximo.

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